O Analfabeto Político

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos - o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo”
Bertold Brecht

Com o transcorrer da História, após inúmeras revoltas, protestos e mortes em busca da afirmação da democracia e da conquista pelo voto - desde a Antiguidade Grega até os fins da ditadura no Brasil – possuímos o direito de exercer nossa cidadania independentemente de renda, de cor, de credo ou de hereditariedade. O direito de expor nossa opinião, definitivamente, nos pertence e, através dele, somos livres para esboçar o futuro de nossa sociedade. Mas como agimos frente a tal constatação? Infelizmente, não damos mínima!

Reclamamos da política – espaço que deveria ser de ação/participação coletiva - desligamos rádio e televisão em horário eleitoral, distanciamo-nos de panfletos partidários, queixamo-nos, inclusive, por sermos “obrigados” a sair de casa em dias de votação. Dessa forma, isolamo-nos em nosso mundinho cheio de confortos e, depois, ressurgimos com estupenda fúria apontando o dedo para os políticos e reclamando de seus erros – mas, afinal, políticos não são representantes do povo? Não fomos nós que deixamos que eles chegassem lá? Pois é!

Todos nós, brasileiros, estamos cansados da corrupção e dos discursos vazios; mas nosso desleixo político acaba alimentando-os cada vez mais. Se honestos somos, o mínimo que esperamos é que assim sejam conosco; porém, quando nossas expectativas não são atendidas, a única solução é a luta por novas condutas. Já que não temos acesso direto aos políticos, conversemos com aqueles que nos cercam, o eleitorado! Propaguemos meios de consulta e informação a respeito dos candidatos e de suas trajetórias; Tais atitudes podem significar uma devastadora diferença, afinal, através daqueles poucos dígitos, podemos atingir os mais distantes brasileiros: garantindo que tenham luz, água e alimento diariamente; podemos preservar nossas florestas, evitar a poluição da água e do ar; podemos investir na valorização de profissões essenciais para o progresso da sociedade; podemos mudar o rumo do país, e, por conseqüência, de nossas vidas como indivíduo!

Durante a História, cabeças rolaram pelas causas democráticas, não seria justo abandoná-las agora, sobretudo porque sabemos o quão benéfico é a integração do coletivo na vida social. Todos os dias, portanto, nosso papel deve ser o de obter e compartilhar informações; o de nos convencermos a respeito da importância da política e do voto; o de nos lembrarmos que, assim como em qualquer outra esfera, há gente decente também na disputa por cargos públicos.

Então - Guias, GAs, Coordenadores, cidadãos - esse país nos pertence, vamos cuidar dele! No dia três de outubro deste ano, vamos sair às ruas com disposição, certeza e consciência limpa. Vamos, enfim, votar conscientes e fazer desse um hábito eterno.

Helena Boll

Abaixo, links relacionados ao tema:

http://politicosbrasileiros.com.br/

http://www.fichalimpa.org.br/

http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp

E um pequeno vídeo:

Um estímulo à revolta sim,mas sem a perda da esperança e da boa conduta!