terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Efeito das Garotas: O relógio está correndo!

Vídeo indicado por Carolina Altenfelder Silva de Rio Claro/SP!



TRADUÇÃO:

Ei você, somos nós novamente.
Nós temos uma situação em suas mãos.
E o relógio está correndo: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11...
Quando uma garota tem 12 anos e vive na pobreza, o futuro dela está fora do seu controle.
Para os olhos de muitos, ela é uma mulher agora. Não, ela realmente é.
Ela enfrenta a realidade de estar casada com 14 anos de idade, grávida aos 15 anos e, se ela sobreviver a gravidez, ela talvez tenha que vender seu corpo para sustentar a sua família, o que a coloca em risco para contrair e espalhar HIV.
Não é a vida imaginada para uma garota de 12 anos de idade. Certo?
Mas, a boa notícia é que existe uma solução!
Vamos rebobinar para a idade de 12 anos, feliz e saudável.
Ela visita um médico regularmente, ela permanece na escola aonde ela está segura. Aos 18 anos, ela usa a educação para ganhar a sua vida.
Agora ela está dando as cartas e será algo tipo assim: ela pode evitar HIV, ela pode casar e ter filhos, quando ela estiver pronta!
E sua filha será saudável como ela é.
Agora imagine este ciclo por várias gerações. Você entendeu a mensagem, certo?
50 milhões de garotas com 12 anos de idade vivem na pobreza, são iguais a 50 milhões de soluções!
Este é o poder do efeito das garotas!
Um efeito que começa na garota de 12 anos de idade e impacta todo mundo!
O tempo está passando!

...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Para refletir...

Estamos em época de final de ano, época de refletir, para isto nada melhor do que algumas tirinhas da nossa querida Mafalda:





Pense um pouco o que você fez em 2011 para tornar o mundo um pouco melhor e o que devemos fazer em 2012 para ajudarmos a formar crianças e jovens com opiniões críticas e colaboradores da construção de um mundo melhor!

Equipe Voz dos Guias

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Crowd Out AIDS – A UNAIDS quer te ouvir!


Desde que comecei a me envolver em causas sociais, meu sonho era de que existisse uma maneira de jovens participarem ativamente na construção de projetos. Minha maior bronca era de que adultos idealizavam sozinhos projetos, sem que os mesmos soubesses da real necessidade dos jovens. E foi pensando nisso que a UNAIDS criou o Crowd Out Aids!

Depois de se formar a equipe responsável pelo projeto, começamos a discutir como chegaríamos até os jovens - como faríamos para que a juventude de todo o mundo pudesse expressar sua opinião para que juntos possamos chegar a um denominador comum que nos ajude na luta contra a Aids.

Foi então que pensamos na internet por acreditarmos que pela primeira vez um meio de comunicação está nas mãos dos jovens – nas nossas mãos. E cabe a nós utilizá-lo com sabedoria.

E é por isso que eu estou aqui para convidá-los a participar das discussões na página do Crowd Out AIDS em português! (https://www.facebook.com/pages/CrowdOutAids-Portugu%C3%AAs/272228496157281). O projeto foi inteiramente contruido para que a UNAIDS (braço direito das Nações Unidas no combate ao HIV) pudesse trabalhar diretamente com os jovens.

Por isso, repito, temos um meio de comunicação poderoso em nossas mãos, vamos usá-lo para um bem maior! A cada dia, é lançada uma pergunta na página. São perguntas que estimulam a construção de uma estratégia para vários dilemas na área da Aids, como a falta de informação, qual o papel dos jovens nessa luta, etc.

Nos baseamos em quatro etapas:

1ª Conectar: reunir uma equipe para que pudessemos contruir e traduzir o projeto, e ter moderadores para o mesmo.

2ª Compartilhar: É a etapa que estamos! Compartilhar o projeto, fazer com que maior número de jovens dê sua opinião, seja ouvido e colabore ativamente na contrução de estratégias.

3ª Achar soluções: Depois de todas as opiniões nos fóruns, os responsáveis pelos mesmos se reunirão para compartilhar o que cada região (no nosso caso, país. Também temos a página do projeto da América Latina, mas em função de não falarmos espanhol, temos um projeto específico em português) manifestou para que possamos contruir uma plataforma do tipo wiki, com todas as informações colhidas.

4ª Ação coletiva: Depois de um plano de ação formado, baseado na opinião e anseios dos jovens - com a ajuda da UNAIDS- , o colocaremos em ação!

Movimento, vamos nos movimentar! Conto com tod@s para que possamos ter o maior número de jovens expressando sua opinião, fazendo com que a sua voz seja ouvida em cada canto do mundo! JUNT@S SOMOS MAIS FORTES!

Mais informações em: http://www.crowdoutaids.org/

Servir!!!

Bruna Leonardelli, Coordenação de ciranda – Toca Neusa Teixeira/RS

domingo, 11 de dezembro de 2011

CIGGA - Depoimento de um sobrevivente!

Meu nome é Vanessa Fiuza, para quem ainda não me conhece sou atualmente Coordenadora do Ramo B1 do Núcleo Irmão Bonifácio de Caxias do Sul/RS. Porém há um ano atrás eu era apenas uma GA apaixonada pelo Ramo Guia e presente em todas as atividades possíveis! Dessa forma, não poderia ter deixado de estar presente no I CIGGA, como participante, e no II CIGGA, como infra, e gostaria de compartilhar um pouco da minha experiência com vocês.

O Campo Itinerante de Guias e Guias Auxiliares (CIGGA) é uma atividade que está na sua terceira edição, organizado pelo FBB/RS com participação de Guias e GA's de todo o Brasil. Como o próprio nome já diz é um campo itinerante em que cada dia temos uma nova paisagem a nossa frente e um novo acampamento! Abaixo segue alguns pontos que, para mim, descrevem esta atividade:

  1. Merecer confiança - No início do acampamento você irá conhecer os seus companheiros não apenas de acampamento, mas companheiros de enfrentar os desafios. Confie neles e mereça a confiança deles, assim a atividade será muito mais animada e fácil de encarar.
  2. Ser leal e respeitar a verdade - Nesta atividade você aprender a ser leal e respeitar a verdade, porém não com os outros mas sim consigo mesmo. Você precisa respeitar a sua verdade, aprendendo os seus limites e testando-os. É um momento de se conhecer um pouco mais.
  3. Servir o próximo em todas as ocasiões - Cada pessoa possui o seu limite, procure respeitar isto e ajudar quem está precisando. Muitas vezes uma palavra de apoio ou uma conversa para distrair durante a caminhada já fará toda a diferença.
  4. Valorizar a estima e amizade - Uma das principais mágicas bandeirantismo são as incríveis amizades de todos os cantos que encontramos dentro do MB. E sabe porque estas amizades são tão verdadeiras? Pois todos os jovens que estarão nesta atividade acreditam exatamente na mesma visão de vida que você! VALORIZE ISTO.
  5. Ser amável e cortês - Este é um desafio! O corpo estará dolorido, a cabeça estará cansada e mesmo assim você precisa ser amável e cortês com os seus companheiros de caminhada. Muito do nosso preparo precisa ser psicológico, de manter a mente tranquila e manter o bom humor.
  6. Ver Deus na criação e preservar a natureza - A natureza estará por todos os lados e todo dia será uma paisagem diferente. Você precisa tirar pelo menos 5 minutos do seu dia para simplesmente olhar ao redor, apreciar a beleza que Deus construiu e respirar fundo o ar puro de toda aquela natureza.
  7. Saber obedecer - Aquele pessoal da INFRA passou meses organizando as atividades para você, tiveram todo o cuidado e pensaram em todos os detalhes para que o seu CIGGA ficasse marcado na memória. Ouça-os, pois muitas vezes eles darão dicas muito importantes para o bem estar da atividade.
  8. Enfrentar alegremente todas as dificuldades - Esta nem é necessário dizer muita coisa. Dificuldades não irão faltar nesta atividade e a diferença será a forma que você irá encará-las, se será com aquele pensamento de 'não consigo, não posso' ou se será com aquele sorriso no rosto e pensamento positivo. Uma dica: nos momentos mais difíceis, CANTE! Pode ser música bandeirante ou não, mas cantar renova as nossas energias.
  9. Usar os recursos com sabedoria - Esta lei iremos precisar principalmente na hora de preparar a nossa mochila, pense quais recursos serão realmente necessários e elimine o resto. Quanto menos peso você carregar mais tranquila será a sua caminhada.
  10. Agir, pensar e ser coerente com os valores éticos - Antes de agir sempre pense no que será melhor para o bem comum dos seus companheiros de caminhada e do bem estar da atividade.
Com toda a certeza, o CIGGA foi a atividade mais bandeirante que já participei nestes 11 anos no MB, você irá vivenciar o nosso código na pele todos os dias do acampamento e irá relembrar a simplicidade e beleza que é a filosofia do nosso movimento!

Vanessa Fiuza

PS: Outros sobreviventes que queiram enviar seus depoimentos e comentários, favor deixar mensagem pelo facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000803909236

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Juntos pelas crianças! Juntos contra a AIDS!!!


Vídeo produzido pela UNAIDS E UNICEF!!!! Segue a tradução:

Para obter Zero - Dia Mundial da SIDA 2011

· Recentemente cerca de 1000 crianças são infectadas pelo HIV;

· Principalmente durante a gravidez, o parto ou a amamentação;

· Sem ajuda Muitos irão morrer em seu segundo aniversário;

· Nós queremos reduzir esse número para zero;

· Nós queremos uma geração livre da AIDS;

· Prevenindo novas infecções é a chave!

· Uma maneira é ajudando mãe que vivem com AIDS a proteger seus filhos do vírus;

· São 5 Passos:

1. 1 - Fazer o teste nas mulheres de HIV na primeira consulta de pré-natal;

2. 2 - Tratar e aconselhar pessoas que vivem com HIV;

3. 3 - Assegurar que mãe e bebes tenham o cuidado correto;

4. 4 - Dar aos bebes os medicamentos preventivos que eles precisam.

5. 5 - Fazer o teste nas crianças com até 6 semanas de vida;

· Mas há outra maneira de proteger os bebes do vírus;

· Assegurar que suas mães não estejam infectadas em primeiro lugar!

· Dando aos jovens o conhecimento e os recursos necessários;

· É assim que vamos conseguir uma geração livre da AIDS;

· Juntos pelas crianças, juntos contra a AIDS!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

AIDS: Como ela entrou na minha vida - Texto enviado por: Laura Pra Baldi (GA - SC).

A gente passa a vida toda achando que nunca vai acontecer com a gente. A gente ouve falar na TV, sabe dos artistas que se foram, do amigo da vizinha que se contaminou. Mas a gente não – esse tipo de coisa nunca acontece com a gente. E foi aí que a vida me ensinou mais uma lição.

Sexo pra mim sempre foi uma das formas mais divertidas de curtir a vida. Sou hétero, mas também já saí com homens, com homem e mulher junto, com mais um monte de gente junto. Gostava da exploração, da novidade, do espontâneo e em nenhum deles cabia aquele plástico que encapava e tinha o poder de diminuir os prazeres tão latentes. Eu queria fazer direito, fazer gostoso. Queria pele com pele. Usei camisinha por diversas vezes, mas ela sempre me diminuía o prazer pela metade. Já cheguei a dispensar sexo por ter que usar camisinha. Sempre que bebia uns goles a mais ou que o tesão inundava o corpo e a mente, deixava o tal do plástico pra lá.

Eu sabia dos riscos. Sempre soube. Não foi falta de aviso. Foi, como eu disse antes, a nossa mania de achar que somos imortais, que somos inabaláveis.

Nunca vou saber exatamente o dia que peguei o vírus, mas desconfio. Tinha aquela menina que fazia parte da galera e que, há anos, mexia comigo. Era aquela coisa de olhar e sentir arrepio no corpo. Moça jeitosa, delicada, cheia de dinheiro, linda e intensa como eu. O sexo era aquela coisa inexplicável, de parar o mundo e pedir pra descer de tanto prazer. A gente transava no banheiro da faculdade, no bar, na rua, atrás do ponto de ônibus. Com ela, camisinha estava fora de questão. Era bom demais pra colocar um plástico entre a gente. Até que ela se mudou de cidade, sumiu, perdemos contato.

Três anos depois, fiquei sabendo por amigos que ela tinha descoberto que estava com AIDS. Nunca vou saber se eu passei para ela ou se foi ela quem passou para mim. E isso hoje também nem importa.

Fiquei sabendo da notícia e mesmo assim, não fui fazer o teste. Não queria abrir margem para uma constatação que podia acabar com a minha vida. Eu sempre fui do pensamento que “só tem AIDS quem faz exame.” A verdade é que estava tremendo de medo por dentro. Uns tempos depois, peguei uma gripe que me derrubou. Não sei ao certo se a culpa foi da imunidade baixa causada pelo vírus, mas não consegui mais lidar com a dúvida. Fiz o exame. O dia de pegar o resultado foi o pior da minha vida. Não dormi na noite anterior. Suava frio. Tinha pesadelos. Cheguei ao laboratório e uma moça me entregou o envelope sem nem ter ideia que, o que estava escrito lá dentro, poderia ser o fim pra mim. Abri e vi o que minha intuição já me dizia. Reagente.

Estava contaminado. A coisa que achei que nunca aconteceria comigo, aconteceu.

Fiquei dois dias paralisado. Não voltei pra casa. Fui pra praia e passei um dia inteiro olhando o mar. Não comi nada. Adormeci na areia, sozinho. Até então, nem uma lágrima tinha caído. Eu não tinha conseguido digerir a informação ainda. No dia seguinte, liguei para um amigo e contei a notícia. Só quanto pronunciei pela primeira vez as palavras “EU SOU SOROPOSITIVO” que a ficha caiu. Desabei de chorar. Sentei na calçada, sem forças. Amigos tiveram que ir me resgatar. Sentia um misto de culpa, de vergonha, de um medo mortal. A vida me dava pena. Olhava para todos os lados e pensava que o mundo continuava, que a vida continuava a mesma para todo mundo. Ninguém iria parar para sentir a minha dor, dor essa que era só minha. Senti uma humildade sem tamanho e só assim percebi como a gente é pequeno no mundo.


Depois do choque inicial, veio a revolta. Revolta comigo. Revolta com a vida. Revolta com quem tinha me passado. Queria que os outros sentissem o que eu sentia. Eu não aguentava aquela dor sozinho. Passei um mês na balada, na loucura. Transei com dezenas de pessoas, sempre sem preservativo. Não contei pra ninguém. E provavelmente contaminei algumas pessoas, fato que me arrependo muito até hoje. Pra mim, a única coisa que me impedia de me jogar na ponte da Marginal era poder dividir a minha dor. Por isso fui, mais uma vez na vida inconsequente.

Hoje já faz dois anos que soube do diagnóstico.

Sigo minha vida “normalmente” dentro das possibilidades. Trabalho. Estudo. O mais difícil é a rotina dos remédios diários. Eles são muitos, são fortes, causam efeitos colaterais. E resistir é extremamente difícil. Hoje entendo aqueles que largaram o tratamento. É duro ter que continuar tomando uma coisa que sabe que vai te dar cólicas, diarréias, manchas na pele, perda de memória, urticária, mudança na hidratação da pele, gosto metálico na boca. Todo dia. Diversas vezes por dia. Minha única motivação é o medo diário de morrer.

Contei pra pouca gente – amigos, familiares mais próximos, ex-namoradas. No trabalho ninguém sabe. A lei garante o direito de privacidade aos soropositivos que não querem falar sobre sua a doença. Nunca mais transei sem camisinha e nem deixei de contar sobre a minha condição para uma possível parceira. Muitas delas somem. Têm medo mesmo sabendo que a camisinha é totalmente eficaz na prevenção do contágio. Eu não as julgo, talvez faria o mesmo por falta de informação e pelos tabus que rondam a doença. Hoje transo muito pouco. Quase nada, pra falar a verdade. Ainda não consegui superar a repulsa que o sexo me causou depois que descobri que tinha sido contaminado. Talvez isso passe algum dia. Ou não. E hoje penso que ironicamente a camisinha que tanto odiava, hoje é a única coisa que me permite ainda ter uma vida sexual, mesmo que rara. Minha rival hoje é minha aliada.

A doença me fez crescer. Me fez amadurecer na marra. Me ensinou disciplina, auto-controle. Hoje tenho arrepios só de ouvir histórias de pessoas que transam sem camisinha, como eu fazia. Sei que conselhos nem sempre funcionam – eu mesmo sempre fui aconselhado e só aprendi quando caí de cara no chão – mas se pudesse dar uma informação valiosa para os que são saudáveis, seria que sexo nenhum, por mais gostoso que seja no momento, compensa uma vida inteira transformada. Hoje, somente agradeço. Agradeço a chance de estar vivo. Agradeço cada um dos dias porque sei que eles são presentes. A vida não para. E a luta continua – eternamente.


Texto retirado do blog Casal sem Vergonha:
Enviado por Laura Freitas - Núcleo Gaia de Florianópolis/SC

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