A RESPEITO DO QUE NOS UNE...

Não há bandeirante que não sinta, nem vocabulário suficientemente capaz de explicar, a magia que é ser parte do MB. Estando distante ou presente semanalmente, o sentimento de VIDA e DOAÇÃO, por aquilo que se acredita, é o mesmo em todos nós. Há pouco mais de um mês, saí de casa; mudei-me para outra cidade deixando dezenove anos de um mesmo quarto para trás. E, ao lado de tudo aquilo que mais amo, no topo da minha pirâmide de saudades, está o BANDEIRANTISMO. Onze anos e meio de freqüência nos sábados de reunião, certamente, influenciaram muito no que sou hoje – sentir-me HUMANA a cada atitude diária, é uma característica que devo basicamente àqueles momentos de minha vida. Os amigos que conquistei, as atividades das quais participei, os sorrisos que admirei, os abraços que recebi, as canções com as quais me emocionei, as fogueiras que presenciei, as vidas que compartilhei, a diferença que um dia fiz, as boas ações que pratiquei, as sinceridades que já senti, o CARÁTER com o qual me formulei continuarão, é certo, comigo a caminhar, em mente e coração. O repentino desligamento físico, no entanto, não poderia vir desacompanhado do aperto no peito e das lágrimas no olhar. Ao falar em VOCÊS, em NÓS, irradio felicidade e orgulho; arrepio-me só em pensar no propósito que defendemos e nos resultados que conquistamos sendo ativos cidadãos-bandeirantes. As emoções que citei, devem-se (creio) ao momento em que chegamos no Movimento; fomos todos acolhidos de maneira tal que seria impraticável qualquer afastamento por inteiro; a primeira mão que nos foi estendida, no início desta jornada, veio acompanhada (lembrem-se) de palavras inclusivas e confortantes – que, como se viessem de um amigo pedindo companhia , receberam-nos calorosamente. Foram e são estas as palavras que me fazem querer estar, longe ou perto, PRESENTE... É esta frase que me faz ter certeza de que em breve estarei - os cumprimentado, AMIGOS - que conheci há anos; amigos de cidades, de estados, de cores, de culturas, de sotaques diferentes. É, enfim, quando repito “UMA VEZ BANDEIRANTE, SEMPRE BANDEIRANTE” que penso na vida que quero continuar tendo com o bandeirantismo sendo parte de minha essência. Onde quer que estejamos, então, sintamos, vivamos, lembremos de nossa promessa e, mais do que isso, vejamos o bandeirantismo refletindo-se em nossos atos cotidianos. Dessa forma, tornar-se-á inevitável a continuidade do “ser bandeirante”, em todos os sentidos que a expressão possa representar. Pensarei sempre, que cada nova fase da vida a relação com o MB se resumirá em:

“Não é mais que um ‘até logo’, não é mais que um breve ‘adeus’. Bem cedo, junto ao fogo, tornaremos a nos ver.”

Um beijo, com carinho. SERVIR! Helena Boll