domingo, 9 de janeiro de 2011

Caminhando e Cantando

Sempre que penso na minha atividade preferida do MB, uma imagem vem à minha cabeça: bandeirantes enfileirados, com mochilas pesadas nas costas, atravessando uma lagoa sob um sol forte. Essa imagem se tornou símbolo do primeiro CIGGA e também vem sendo utilizada para representar o MB em várias ocasiões. Até no vídeo Institucional ela aparece! Isto porque é uma imagem que diz tudo, que sintetiza toda a essência do Movimento em uma cena. Quando eu tirei a foto, vi tudo isDSC09911so em um segundo, larguei tudo que carregava (e carregava bastante coisa), peguei a máquina e não hesitei. Até hoje me orgulho muito de ter eternizado aquele momento. Me orgulho mais ainda de ter participado dessa atividade inesquecível! Acho que todos que estiveram lá tem uma opinião parecida. Claro que nem todos consideram o CIGGA sua atividade favorita, mas acredito que todos reconheçam que ela foi especial. E o CIGGA foi especial por vários motivos.

Sabedoria e Paisagens

Pra começar, destaco o seu diferencial, que é o fato de ser um acampamento móvel e isso exige muito dos seus participantes. É preciso sabedoria para não ceder ao cansaço, sou seja, é importante saber caminhar, saber se alimentar e se hidratar, saber dividir tarefas e, acima de tudo, saber agir em equipe. É fundamental que o bandeirante siga o Código, pois através dele a pessoa pode compreender o acampamento e aproveitar todas as experiências que ele proporciona. 19451433

Outro ponto positivo do CIGGA I foram as paisagens. Caminhamos por belas e diferentes paisagens! Começamos na cidade, entramos na praia, passamos por diferentes vegetações, voltamos pra praia, dormimos nas dunas... Como esquecer o belo pôr-do-sol que proporcionou muitas fotos a todos? Cenários lindos, que eternamente ficarão gravados na minha memória.

A contagiosa alegria

Por fim, destaco o fator mais relevante para o CIGGA ter sido um sucesso: a alegria. Dizem que quanto maior for a escuridão, mais valorizada será a luz. E foi isso que aconteceu no CIGGA. Tivemos um momento crítico, onde praticamente todos estavam reclamando do acampamento, algo compreensível já que não estávamos acostumados a esse tipo de atividade. Por um instante, todo mundo estava desanimado, louco pra voltar pra casa. O acampamento tinha tudo para ser um fracasso e nunca mais acontecer. Porém... Resolvemos cantar. Antes, é preciso deixar um crédito para nossas amigas argentinas. Vamos admitir, nos inspiramos nelas, que passavam boa parte do tempo cantando. Foi quando elas pararam que resolvemos reagir e demos um show! Nunca vou esquecer a provocação da Elisandra, dizendo que poderíamos ser como elas, mais alegres. Foi aquilo que nos motivou.

Começou timidamente, com uns poucos que estavam na frente, distante da maioria. A música foi ganhando mais força, chamando a atenção de todos. Aos poucos, as pessoas foram se integrando ao grupo da frente e em minutos todos pareciam andar no mesmo compasso. Com uma vontade absurda! Eram músicas de todos os estilos, todos os sabores. Tinha espaço para todos.

A partir deste momento, o acampamento funcionou. Tudo era motivo de festa, de sorrisos. Logo entendemos que reclamar não nos ajudava em nada. Aquele acampamento trabalhou todas as leis do MB, ali vivenciamos o ideal de BP ao extremo. Não duvido que ele estivesse nos observando de algum lugar...

Acho que todo mundo aprendeu alguma coisa com os momentos difíceis e agradáveis que passamos lá. Entendemos que para as coisas funcionarem, era preciso buscar energia na alegria. Quando chegamos ao ponto final da caminhada, queríamos mais! Queríamos cantar “Orangotango do Mal”, queríamos dançar “La Palmera”, queríamos experimentar aquilo tudo só mais um pouquinho... Por esses motivos, o CIGGA de 2007 foi a minha atividade inesquecível.

DSC09912P1013133

Fabio Christófoli – Coordenador de B2

Núcleo Jaime Rolemberg - Porto Alegre/RS

2 comentários:

  1. entre os anos que eu sou bandeirante, acredito que a atividade mais bandeirante que participei é o CIGGA. essa atividade trabalha todo o nosso código fazendo colocarmons nossos conhecimentos em pratica, enfrentarmos as dificuldades com alegre e trabalharmos em grupo!

    com certeza é uma das minhas atividades inesqueciveis também!

    ResponderExcluir
  2. Concordo com as palavras de ambos!
    Do CIGGA I, levo as melhores e mais nítidas lembranças de crescimento pessoal. Essa foi minha primeira grande atividade como guia e sinto que não poderia ter sido diferente, pois é num acampamento deste porte - no qual o contato com a natureza, com pessoas das mais diversas regiões e com cada lei bandeirante acontecem a todo instante - é impossível dizermos tchau sem sentirmos que ali vivemos os ideais que tanto nos esforçamos para disseminar durante as reuniões e dia-a-dia. Lembro que em um dos últimos momentos da atividade, reunimo-nos todos em grande circulo e falamos sobre o que mais aprendemos durante o CIGGA I e as palavras mais citadas foram SUPERAÇÃO e PACIÊNCIA; aprendemos a importância de respeitar os limites de cada um, aprendemos que com o sorriso do outro encontramos forças para continuar a caminhar firme e cantando.
    Do CIGGA I levo, enfim, um caminhão de saudade; da animação incomparável das argentinas, dos novos e velhos amigos brasileiros, das canções inventadas, das canções reproduzidas, das encenações, do mais lindo lual, da eleição com desfile dos "10 mais", das gargalhadas, das rodas de violão, da natureza em abundância, do forte e real espírito bandeirante.

    Enquanto tiver memória, levarei esta atividade em mente e coração.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...