domingo, 12 de setembro de 2010

AIDS: o preconceito NÃO É a cura!

Todos os dias 6,8 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5,7 mil morrem em conseqüência da Aids - a maioria por falta de prevenção e tratamento. O número de novas infecções vem diminuindo, mas o número de pessoas que vivem com a doença continua a aumentar junto com o aumento da população mundial e da maior expectativa de vida dos soropositivos. Houve avanços importantes e o monitoramento progrediu. Mesmo assim, só 28% do número estimado de pessoas que necessitam de tratamento o recebem.”

Os trecho acima foi extraído de uma página da Unicef que trata sobre o chamado “Desenvolvimento do Milênio”, cujo o 6º objetivo principal é o ‘combate mundial do HIV/Aids, da malária e de outras doenças’. Lendo essa pequena matéria, fiquei estarrecida com os números citados, pois – apesar de trabalharmos com o tema no Bandeirantismo – desconhecia tamanha realidade.

Apesar de haver dados que confirmem que a infecção por doenças sexualmente transmissíveis, atualmente, se dê em maior parte em adultos (a partir de 40 anos), não podemos desconsiderar nosso papel fundamental como – jovens e, além disso, bandeirantes – agentes e comunicadores na sociedade.

A partir do momento em que nos comprometemos com o próximo em nossa promessa, disseminar modos de prevenção e incentivar o seu uso, tornou-se um dever. Nossos métodos devem-se pautar não só no desenvolvimento do POAV (Projeto Ouça, Aprenda, Viva), mas também diariamente nas conversas com os amigos; afinal, quantos de nós já não ouvimos que ‘transar com camisinha é o mesmo que chupar bala com papel’? Ou o típico discurso de que ‘na hora H, não há tempo pra pensar na prevenção’? (E quando haverá? Quando for tarde e não tivermos outra saída senão o coquetel de tratamento?)

Além do fato de a prevenção ser tratada como banalidade, é comum escutamos inúmeros ‘especialistas’ discursando sobre a transmissão das tais doenças. Sempre surgem aqueles que na hora do dever se escondem e na hora de julgar se erguem cheios de razão, falando asneiras como se fossem grandes conhecedores do assunto. O que não falta por aí, infelizmente, é gente afirmando com toda a certeza que o HIV é transmitido pelo beijo, pelo toque, pelo uso dos mesmos talheres ou assentos; o remédio pra AIDS é, nessa visão torpe, a exclusão do soropositivo.

Percebemos, através desse raciocínio, que o preconceito é formulado com base na petulância de muitos e na completa falta de informação da maioria. A discriminação e a ignorância são, então, as piores barreiras para a melhoria do panorama mundial atual.

Como bandeirantes, e cidadãos ativos, devemos – mais uma vez - fazer nosso papel para barrar os assustadores índices de óbitos diários; devemos incentivar e exigir o uso do preservativo sempre, e alertar a todos com quem convivemos que um soropositivo, não deixa de ser gente por adquirir a doença; devemos buscar, portanto, deter os tão prejudiciais preconceito e ignorância. Nossos ideais só serão conquistados, enfim, através da vasta informação e comunicação.

P.S.: Vale à pena buscar conhecer mais sobre o DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO, e também, sobre as formas de infecção por HIV. Fica a dica! ;]

Helena Boll

2 comentários:

  1. Como colocado, a forma que mais uso para disseminar nosso aprendizado no MB é no dia-a-dia, na conversa informal. Afinal nem todos nossos amigos tem acesso as informações que temos.
    Cada um fazendo sua parte, em seus respectivos pequenos grupos de convívios, estamos fazendo diferença.

    Servir!

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  2. Primeiramente, gostaria de parabenizar mais uma vez a Helena, a sua forma de escrever é simplesmente envolvedora!

    Tamvém gostaria de colocar, como a Laura mesma disse que nos somos multiplicadores e nossa principal forma de disseminar informação é através do nossos amigos. Como já dissemos aqui no blog, pequenas ações fazem grande diferença!

    Servir

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